Exemplos de
Dia de sol
51 resultados encontrados
1. Antítese
viva. (Cazuza) Do riso se faz o pranto. Ele o amava, ela o o
va. Hoje fez sol, ontem, porém, choveu muito. Com a morte d
o riso se faz o pranto. Ele o amava, ela o odiava. Hoje fez
, ontem, porém, choveu muito. Com a morte de uma pessoa que
2. Parolar
3. Chuva
Chove ? Nenhuma chuva cai... Então onde é que eu sinto um
Em que ruído da chuva atrai A minha inútil agonia ? Onde
çada pelo som do vento... E eis que ante o sol e o azul do
, Como se a hora me estorvasse, Eu sofro... E a luz e a sua
trando a lucidez Um espasmo apagado em ódio à ânsia Põe
s de ilhas vistas do convés No meu cansaço perdido entre o
sível curva Traçada pelo som do vento... E eis que ante o
e o azul do dia, Como se a hora me estorvasse, Eu sofro...
4. Ilha
que tu queres. O suplicante dizia ao que vinha, isto é, pe
o que tinha a pedir, depois instalava-se a um canto da port
o que, de acordo com a pragmática das portas, ali só se po
atender um suplicante de cada vez, donde resultava que, enq
e guardar os obséquios. À segunda vista, porém, o rei per
, e muito, porque os protestos públicos, ao notar-se que a
o descontentamento social, o que, por seu turno, ia ter ime
tas e negativas consequências no afluxo de obséquios. No c
fícios e os prejuízos foi ter ido o rei, ao cabo de três
s, e em real pessoa, à porta das petições, para saber o q
acertara na previsão, que o rei, mesmo que demorasse três
s, haveria de sentir-se curioso de ver a cara de quem, sem m
eza que chamasse a guarda do palácio a vir restabelecer ime
tamente a ordem pública e impor a disciplina, mas, nesse mo
ceu do degrau da porta, sinal de que os outros candidatos po
m enfim avançar, nem valeria a pena explicar que a confusã
e eu realmente queria já foram abertas e porque de hoje em
nte só limparei barcos, Então estás decidida a ir comigo
se com assinalá-las, uma vez que para este trabalho não po
m servir a linha e a agulha com que passajava as peúgas dos
boca para se inteirar de como lhe tinha corrido o resto do
, ele disse, Está descansada, trago aqui comida para os doi
, A primeira contrariedade foi estar à espera do rei três
s, e não desisti, Se não encontrares marinheiros que queir
o pensou nada, devia ter pensado tudo durante aqueles três
s, quando entreabria de vez em quando a porta para ver se aq
e a tripulação descansava à sombra. Não percebia como po
m ali estar os marinheiros que no porto e na cidade se tinha
a ilha desconhecida, mas porque assim se ganhará tempo, no
em que lá chegarmos só teremos que transplantar as árvor
ntão o homem do leme viu uma terra ao longe e quis passar a
nte, fazer de conta que ela era a miragem de uma outra terra
lores, com as trepadeiras que se enrolavam nos mastros e pen
m da amurada como festões. Por causa do atropelo da saída
o nome que ainda faltava dar à caravela. Pela hora do meio-
, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à p
de atenção ao bem-estar e felicidade do seu povo quando re
via pedir um parecer fundamentado por escrito ao primeiro-se
cendo, e mais para se verem livres dele do que por simpatia
idária, resolveram intervir a favor do homem que queria o b
para se verem livres dele do que por simpatia solidária, re
veram intervir a favor do homem que queria o barco, começan
via estado a olhar, foi esse o preciso momento em que ela re
veu ir atrás do homem quando ele se dirigisse ao porto a to
de entregar as chaves ao dono do barco, a um ou a outro, re
vam-se, a mim tanto se me dá, Os barcos têm chave, pergunt
ente uma empresa de guerra. Já a ralou, e muito, a falta ab
uta de munições de boca no paiol respectivo, não por si p
or causa do homem a quem deram este barco, não tarda que o
se ponha, e ele a aparecer-me aí a clamar que tem fome, qu
er da limpeza. Não valia a pena ter-se preocupado tanto. O
havia acabado de sumir-se no oceano quando o homem que tinh
timo esfregão. A sereia de um paquete que saía para o mar
tou um ronco potente, como deviam ter sido os do leviatã, e
o, Andávamos à procura de um sítio melhor para viver e re
vemos aproveitar a tua viagem, Não sois marinheiros, Nunca
e se este é o de bombordo ou o de estibordo. Depois, mal o
acabou de nascer, o homem e a mulher foram pintar na proa d
5. Sigla
DHO, DHP, DHQ, DHR, DHS, DHT, DHU, DHV, DHW, DHX, DHY, DHZ,
, DIB, DIC, DID, DIE, DIF, DIG, DIH, DII, DIJ, DIK, DIL, DIM
SNZ, SOA, SOB, SOC, SOD, SOE, SOF, SOG, SOH, SOI, SOJ, SOK,
, SOM, SON, SOO, SOP, SOQ, SOR, SOS, SOT, SOU, SOV, SOW, SOX
6. Colheita
Que seja novo como a emoção de um cego vendo a luz de um
. Será justiça para com as mãos cobertas de tantos calos
o algodão. COLHEITA (Gonzaguinha) Seja calma como a luz do
rasgando a negra noite dor de março. Seja fruto do suor t
7. Curió
tou fez seu ninho na sombra, quietinho. Maracujá pé. Todo
escuto seu cheiro. Perfume de sonho e de fé. Reinvento o l
cheiro. Perfume de sonho e de fé. Reinvento o luar, faço
aparecer. Vez então curió se encantou com o riso da moça
8. Jabá
9. Ensandecido
s na areia da praia, àquela hora muito quente em razão do
causticante do meio dia, ensandecido de dor.
10. Quarador
icar a roupa no quarador, que o sol já tá no pino do meio-
, e vocês ficam vadiando feito um magote de franga.
Vamos esticar a roupa no quarador, que o
já tá no pino do meio-dia, e vocês ficam vadiando feito
11. Fuso horário
ão Os fusos horários geralmente estão centrados nos meri
nos das longitudes que são múltiplos de 15 graus; no entan
e nova. O acerto de horas era feito através do Sol: o meio
representava o ponto mais alto que a estrela alcançava. Gr
foi realizado a Conferência Internacional do Primeiro Meri
no, em Washington-DC, Estados Unidos. A proposta era padroni
Estados Unidos. A proposta era padronizar a utilização mun
l da hora legal. Acabou sendo aceito a teoria de Fleming. A
vamente para leste, e negativamente para oeste, até ao Meri
no 180 Graus - o Antimeridiano, situado no Oceano Pacífico,
vamente para oeste, até ao Meridiano 180 Graus - o Antimeri
no, situado no Oceano Pacífico, onde seria a Linha Internac
ífico, onde seria a Linha Internacional de Data (LID). Meri
nos Para interlocutores, foi convencionada uma letra e um no
utores, foi convencionada uma letra e um nome para cada meri
no. O sistema pode funcionar mesmo em condições adversas d
; Gê: GOLF (EGMT SÉTIMO); Agá: HOTEL (EGMT OITAVO); I: IN
(EGMT NONO); Cá: KILO (EGMT DÉCIMO); Ele: LIMA (EGMT 11);
istorções no oeste chinês, onde quando não é inverno o
nasce por volta das nove horas da manhã). Todos os fusos h
a uma cidade nova. O acerto de horas era feito através do
: o meio dia representava o ponto mais alto que a estrela al
Grande parte das empresas, devido a estas irregularidades re
veram fixar cem fusos dos caminhos de ferro. Esta prática o
12. Manjerona
ra muco nasal. Unte a mucosa interna duas ou três vezes ao
. Guarde na geladeira. Efeitos colaterais: Altas doses por l
inadequado para água do chimarrão. Contra-indicada para
béticos. Nomes Populares Manjerona, amáraco Nome Científi
era consagrada a Osíris no Egipto e a Vishnu e Shiva na Ín
. CUIDADOS: Não usar durante a gravidez e em crianças pequ
interna com uma fina camada com um cotonete, duas vezes ao
. O ungüento deve ser guardado em geladeira para não ficar
metros. Com bom tempo são possíveis duas colheitas em mé
. Nas zonas que oferecem perigo de geadas pode proceder-se
os ramos no mesmo campo, fazendo-se a transladação alguns
s depois, para se estender numa camada ligeira ou dependurar
vasilhame ou caixotes, tanto mais que para uma família mé
bastam algumas plantas. Cumpre observar o tempo da colheita
mas plantas. Cumpre observar o tempo da colheita, que é ime
tamente antes de dar flor, porque a planta possui então mai
ão das folhas secas consegue-se nas melhores condições me
nte recipientes fechados hermeticamente, para não se perder
uréticos). 3. Elementos que facilitam a expulsão de suor (
foréticos). 4. Elementos reconstituintes do estômago (esto
nária do nordeste da África e do Oriente Médio até a Ín
, a manjerona (Origanum majorana L.; Majorana hortensis M.)
a manjerona foi introduzida no Ocidente durante a Idade Mé
, possivelmente pelas Cruzadas. Popularmente, a manjerona ta
Planta de climas subtropicais e temperados prefere locais en
arados e protegidos de ventos fortes. ÓLEO ESSENCIAL DE MAN
las brancas ou rosas, em forma de cálice. Cultivo: Prefere
o fértil, leve e arenoso, desde que em posição bem expost
rtil, leve e arenoso, desde que em posição bem exposta ao
; deve ser regado com freqüência. Parte dos caules e galho
Labiadas; é de origem africana.A manjerona necessita de um
o leve, mas nutritivo. E excelente o solo pantanoso ou semi-
ona necessita de um solo leve, mas nutritivo. E excelente o
o pantanoso ou semi-pantanoso No cultivo da horta, semeiam-s
e toda a planta, antes de dar flor, a uns 5 centímetros do
o, e deixa-se secar em pequenos ramos no mesmo campo, fazend
essencial e de aloés, a manjerona contém: 1. Elementos dis
ventes de mucosidades (expectorantes). 2. Elementos facilita
não suportar temperaturas muito baixas. A planta gosta de
os arenosos ou areno-argilosos, ricos em matéria orgânica
clima úmido é ideal, entretanto, é preciso atenção: o
o não deve ser excessiva e constantemente molhado. As plant
cuperar do cansaço físico. Dicas de cultivo Luminosidade:
pleno, principalmente em locais de clima frio. Solo: leve e
osidade: sol pleno, principalmente em locais de clima frio.
o: leve e rico em matéria orgânica Adubação: recomenda-s
s em fósforo (P) e nitrogênio (N). Regas: sempre quando o
o se apresentar seco na superfície. Melhor época para o pl
13. Pestanejar
é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de
nem a lua de noite. O SENHOR te guardará de todo o mal; gu
quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O
não te molestará de dia nem a lua de noite. O SENHOR te g
14. Helsinque
15. Barca
a canção Vai saindo desse mar E o sol Beija o barco e luz
s tão azuis Volta do mar, desmaia o sol E o barquinho a des
as. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha.
BO À barca, à barca, houlá! que temos gentil maré! - Ora
eja todo esse leito! COMPANHEIRO Em boa hora! Feito, feito!
BO Abaixa aramá esse cu! Faze aquela poja lesta e alija aqu
aquela driça. COMPANHEIRO Oh-oh, caça! Oh-oh, iça, iça!
BO Oh, que caravela esta! Põe bandeiras, que é festa. Verg
FIDALGO Esta barca onde vai ora, que assi está apercebida?
BO Vai pera a ilha perdida, e há-de partir logo ess'ora. FI
há-de partir logo ess'ora. FIDALGO Pera lá vai a senhora?
BO Senhor, a vosso serviço. FIDALGO Parece-me isso cortiço
enhor, a vosso serviço. FIDALGO Parece-me isso cortiço...
BO Porque a vedes lá de fora. FIDALGO Porém, a que terra p
e a vedes lá de fora. FIDALGO Porém, a que terra passais?
BO Pera o inferno, senhor. FIDALGO Terra é bem sem-sabor. D
ABO Pera o inferno, senhor. FIDALGO Terra é bem sem-sabor.
BO Quê?... E também cá zombais? FIDALGO E passageiros ach
zombais? FIDALGO E passageiros achais pera tal habitação?
BO Vejo-vos eu em feição pera ir ao nosso cais... FIDALGO
o pera ir ao nosso cais... FIDALGO Parece-te a ti assi!...
BO Em que esperas ter guarida? FIDALGO Que leixo na outra vi
a? FIDALGO Que leixo na outra vida quem reze sempre por mi.
BO Quem reze sempre por ti?!.. Hi, hi, hi, hi, hi, hi, hi!..
passou vosso pai. FIDALGO Quê? Quê? Quê? Assi lhe vai?!
BO Vai ou vem! Embarcai prestes! Segundo lá escolhestes, as
haveis de passar o rio. FIDALGO Não há aqui outro navio?
BO Não, senhor, que este fretastes, e primeiro que expirast
astes me destes logo sinal. FIDALGO Que sinal foi esse tal?
BO Do que vós vos contentastes. FIDALGO A estoutra barca me
uenos, achar-vos-eis tanto menos quanto mais fostes fumoso.
BO À barca, à barca, senhores! Oh! que maré tão de prata
gava ser adorado, confiei em meu estado e não vi que me per
. Venha essa prancha! Veremos esta barca de tristura. DIABO
perdia. Venha essa prancha! Veremos esta barca de tristura.
BO Embarque vossa doçura, que cá nos entenderemos... Tomar
outra vida ver minha dama querida que se quer matar por mi.
, Que se quer matar por ti?!... FIDALGO Isto bem certo o sei
se quer matar por ti?!... FIDALGO Isto bem certo o sei eu.
BO Ó namorado sandeu, o maior que nunca vi!... FIDALGO Como
ca vi!... FIDALGO Como pod'rá isso ser, que m'escrevia mil
s? DIABO Quantas mentiras que lias, e tu... morto de prazer!
... FIDALGO Como pod'rá isso ser, que m'escrevia mil dias?
BO Quantas mentiras que lias, e tu... morto de prazer!... FI
FIDALGO Pera que é escarnecer, quem nom havia mais no bem?
BO Assi vivas tu, amém, como te tinha querer! FIDALGO Isto
te tinha querer! FIDALGO Isto quanto ao que eu conheço...
BO Pois estando tu expirando, se estava ela requebrando com
IDALGO Dá-me licença, te peço, que vá ver minha mulher.
BO E ela, por não te ver, despenhar-se-á dum cabeço! Quan
itas a quem a desassombrou. FIDALGO Cant'a ela, bem chorou!
BO Nom há i choro de alegria?.. FIDALGO E as lástimas que
há i choro de alegria?.. FIDALGO E as lástimas que dezia?
BO Sua mãe lhas ensinou... Entrai, meu senhor, entrai: Ei l
prancha! Ponde o pé... FIDALGO Entremos, pois que assi é.
BO Ora, senhor, descansai, passeai e suspirai. Em tanto vir
O Ó barca, como és ardente! Maldito quem em ti vai! Diz o
bo ao Moço da cadeira: DIABO Nom entras cá! Vai-te d'i! A
e! Maldito quem em ti vai! Diz o Diabo ao Moço da cadeira:
BO Nom entras cá! Vai-te d'i! A cadeira é cá sobeja; cous
Arrais do Inferno, dizendo: ONZENEIRO Pera onde caminhais?
BO Oh! que má-hora venhais, onzeneiro, meu parente! Como ta
lá tardar... Na safra do apanhar me deu Saturno quebranto.
BO Ora mui muito m'espanto nom vos livrar o dinheiro!... ONZ
IRO Solamente para o barqueiro nom me leixaram nem tanto...
BO Ora entrai, entrai aqui! ONZENEIRO Não hei eu i d'embarc
ra entrai, entrai aqui! ONZENEIRO Não hei eu i d'embarcar!
BO Oh! que gentil recear, e que cousas pera mi!... ONZENEIRO
mi!... ONZENEIRO Ainda agora faleci, leixa-me buscar batel!
BO Pesar de Jam Pimentel! Porque não irás aqui?... ONZENEI
rque não irás aqui?... ONZENEIRO E pera onde é a viagem?
BO Pera onde tu hás-de ir. ONZENEIRO Havemos logo de partir
Pera onde tu hás-de ir. ONZENEIRO Havemos logo de partir?
BO Não cures de mais linguagem. ONZENEIRO Mas pera onde é
s de mais linguagem. ONZENEIRO Mas pera onde é a passagem?
BO Pera a infernal comarca. ONZENEIRO Dix! Nom vou eu tal ba
m nada, dá-me tanta borregada como arrais lá do Barreiro.
BO Entra, entra, e remarás! Nom percamos mais maré! ONZENE
, e remarás! Nom percamos mais maré! ONZENEIRO Todavia...
BO Per força é! Que te pês, cá entrarás! Irás servir S
que sempre te ajudou. ONZENEIRO Oh! Triste, quem me cegou?
BO Cal'te, que cá chorarás. Entrando o Onzeneiro no batel,
ês! Cá é vossa senhoria? FIDALGO Dá ò demo a cortesia!
BO Ouvis? Falai vós cortês! Vós, fidalgo, cuidareis que e
e, o Parvo, e diz ao Arrais do Inferno: PARVO Hou daquesta!
BO Quem é? PARVO Eu soo. É esta a naviarra nossa? DIABO De
sta! DIABO Quem é? PARVO Eu soo. É esta a naviarra nossa?
BO De quem? PARVO Dos tolos. DIABO Vossa. Entra! PARVO De pu
. É esta a naviarra nossa? DIABO De quem? PARVO Dos tolos.
BO Vossa. Entra! PARVO De pulo ou de voo? Hou! Pesar de meu
ma, vim adoecer e fui má-hora morrer, e nela, pera mi só.
BO De que morreste? PARVO De quê? Samicas de caganeira. DIA
DIABO De que morreste? PARVO De quê? Samicas de caganeira.
BO De quê? PARVO De caga merdeira! Má rabugem que te dê!
BO De quê? PARVO De caga merdeira! Má rabugem que te dê!
BO Entra! Põe aqui o pé! PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco
Entra! Põe aqui o pé! PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco!
BO Entra, tolaço eunuco, que se nos vai a maré! PARVO Agua
O Aguardai, aguardai, houlá! E onde havemos nós d'ir ter?
BO Ao porto de Lucifer. PARVO Ha-á-a... DIABO Ó Inferno! E
nós d'ir ter? DIABO Ao porto de Lucifer. PARVO Ha-á-a...
BO Ó Inferno! Entra cá! PARVO Ò Inferno?... Eramá... Hiu
, e chega ao batel infernal, e diz: SAPATEIRO Hou da barca!
BO Quem vem i? Santo sapateiro honrado, como vens tão carre
SAPATEIRO Mandaram-me vir assi... E pera onde é a viagem?
BO Pera o lago dos danados. SAPATEIRO Os que morrem confessa
SAPATEIRO Os que morrem confessados onde têm sua passagem?
BO Nom cures de mais linguagem! Esta é a tua barca, esta! S
arcagem! Como poderá isso ser, confessado e comungado?!...
BO Tu morreste excomungado: Nom o quiseste dizer. Esperavas
muito que t'espero! SAPATEIRO Pois digo-te que nom quero!
BO Que te pês, hás-de ir, si, si! SAPATEIRO Quantas missas
ATEIRO Quantas missas eu ouvi, nom me hão elas de prestar?
BO Ouvir missa, então roubar, é caminho per'aqui. SAPATEIR
SAPATEIRO E as ofertas que darão? E as horas dos finados?
BO E os dinheiros mal levados, que foi da satisfação? SAPA
-rai-rã; tai-ri-ri-rã: tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Huhá!
BO Que é isso, padre?! Que vai lá? FRADE Deo gratias! Som
sso, padre?! Que vai lá? FRADE Deo gratias! Som cortesão.
BO Sabês também o tordião? FRADE Porque não? Como ora se
Sabês também o tordião? FRADE Porque não? Como ora sei!
BO Pois entrai! Eu tangerei e faremos um serão. Essa dama
vossa? FRADE Por minha la tenho eu, e sempre a tive de meu,
BO Fezestes bem, que é fermosa! E não vos punham lá grosa
sa no vosso convento santo? FRADE E eles fazem outro tanto!
BO Que cousa tão preciosa... Entrai, padre reverendo! FRADE
a... Entrai, padre reverendo! FRADE Para onde levais gente?
BO Pera aquele fogo ardente que nom temestes vivendo. FRADE
DE Juro a Deus que nom t'entendo! E este hábito no me val?
BO Gentil padre mundanal, a Berzebu vos encomendo! FRADE Cor
virtude? Assi Deus me dê saúde, que eu estou maravilhado!
BO Não curês de mais detença. Embarcai e partiremos: toma
: tomareis um par de ramos. FRADE Nom ficou isso n'avença.
BO Pois dada está já a sentença! FRADE Pardeus! Essa seri
lher se há um frade de perder, com tanto salmo rezado?!...
BO Ora estás bem aviado! FRADE Mais estás bem corregido! D
ABO Ora estás bem aviado! FRADE Mais estás bem corregido!
BO Dovoto padre marido, haveis de ser cá pingado... Descobr
eu o casco, e diz o Frade: FRADE Mantenha Deus esta c'oroa!
BO ó padre Frei Capacete! Cuidei que tínheis barrete... FR
fui da pessoa! Esta espada é roloa e este broquel, rolão.
BO Dê Vossa Reverença lição d'esgrima, que é cousa boa!
rda. Saio com meia espada... Hou lá! Guardai as queixadas!
BO Oh que valentes levadas! FRADE Ainda isto nom é nada...
erdadeira. - Oh! quantos daqui feria!... Padre que tal apren
no Inferno há-de haver pingos?!... Ah! Nom praza a São Do
ibeira! Eu não vejo aqui maneira senão, enfim, concrudir.
BO Haveis, padre, de viir. FRADE Agasalhai-me lá Florença,
nal, diz desta maneira: BRÍZIDA Hou lá da barca, hou lá!
BO Quem chama? BRÍZIDA Brízida Vaz. DIABO E aguarda-me, ra
da barca, hou lá! DIABO Quem chama? BRÍZIDA Brízida Vaz.
BO E aguarda-me, rapaz? Como nom vem ela já? COMPANHEIRO Di
OMPANHEIRO Diz que nom há-de vir cá sem Joana de Valdês.
BO Entrai vós, e remarês. BRÍZIDA Nom quero eu entrar lá
Entrai vós, e remarês. BRÍZIDA Nom quero eu entrar lá.
BO Que sabroso arrecear! BRÍZIDA No é essa barca que eu ca
ue sabroso arrecear! BRÍZIDA No é essa barca que eu cato.
BO E trazês vós muito fato? BRÍZIDA O que me convém leva
xins d'encobrir. A mor cárrega que é: essas moças que ven
. Daquestra mercadoria trago eu muita, à bofé! DIABO Ora p
que vendia. Daquestra mercadoria trago eu muita, à bofé!
BO Ora ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou pera o Par
ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou pera o Paraíso!
BO E quem te dixe a ti isso? BRÍZIDA Lá hei-de ir desta ma
E já há muito que aqui estou, e pareço mal cá de fora.
BO Ora entrai, minha senhora, e sereis bem recebida; se vive
batel dos danados, diz: JUDEU Que vai cá? Hou marinheiro!
BO Oh! que má-hora vieste!... JUDEU Cuj'é esta barca que p
que má-hora vieste!... JUDEU Cuj'é esta barca que preste?
BO Esta barca é do barqueiro. JUDEU. Passai-me por meu dinh
a barca é do barqueiro. JUDEU. Passai-me por meu dinheiro.
BO E o bode há cá de vir? JUDEU Pois também o bode há-de
bode há cá de vir? JUDEU Pois também o bode há-de vir.
BO Que escusado passageiro! JUDEU Sem bode, como irei lá? D
ABO Que escusado passageiro! JUDEU Sem bode, como irei lá?
BO Nem eu nom passo cabrões. JUDEU Eis aqui quatro tostões
fará que me passeis o cabrão! Querês mais outro tostão?
BO Nem tu nom hás-de vir cá. JUDEU Porque nom irá o judeu
da Vaz? Ao senhor meirinho apraz? Senhor meirinho, irei eu?
BO E o fidalgo, quem lhe deu... JUDEU O mando, dizês, do ba
me vós a mim gafanhoto d'Almeirim chacinado em um seirão.
BO Judeu, lá te passarão, porque vão mais despejados. PAR
nados n'ergueja de São Gião! E comia a carne da panela no
de Nosso Senhor! E aperta o salvador, e mija na caravela! D
a de Nosso Senhor! E aperta o salvador, e mija na caravela!
BO Sus, sus! Demos à vela! Vós, Judeu, irês à toa, que s
nferno, com sua vara na mão, diz: CORREGEDOR Hou da barca!
BO Que quereis? CORREGEDOR Está aqui o senhor juiz? DIABO O
ca! DIABO Que quereis? CORREGEDOR Está aqui o senhor juiz?
BO Oh amador de perdiz. gentil cárrega trazeis! CORREGEDOR
RREGEDOR No meu ar conhecereis que nom é ela do meu jeito.
BO Como vai lá o direito? CORREGEDOR Nestes feitos o vereis
Como vai lá o direito? CORREGEDOR Nestes feitos o vereis.
BO Ora, pois, entrai. Veremos que diz i nesse papel... CORRE
mos que diz i nesse papel... CORREGEDOR E onde vai o batel?
BO No Inferno vos poeremos. CORREGEDOR Como? À terra dos de
ORREGEDOR Como? À terra dos demos há-de ir um corregedor?
BO Santo descorregedor, embarcai, e remaremos! Ora, entrai,
ois que viestes! CORREGEDOR Non est de regulae juris, não!
BO Ita, Ita! Dai cá a mão! Remaremos um remo destes. Fazei
viagem e de quem me há-de levar! Há 'qui meirinho do mar?
BO Não há tal costumagem. CORREGEDOR Nom entendo esta barc
REGEDOR Nom entendo esta barcagem, nem hoc nom potest esse.
BO Se ora vos parecesse que nom sei mais que linguagem... En
qui petatis - Super jure magestatis tem vosso mando vigor?
BO Quando éreis ouvidor nonne accepistis rapina? Pois ireis
el pera um fogo que eu sei! CORREGEDOR Domine, memento mei!
BO Non es tempus, bacharel! Imbarquemini in batel quia Judic
tia. CORREGEDOR Sempre ego justitia fecit, e bem por nivel.
BO E as peitas dos judeus que a vossa mulher levava? CORREGE
percalços seus. Nom som pecatus meus, peccavit uxore mea.
BO Et vobis quoque cum ea, não temuistis Deus. A largo modo
edos? Os direitos estão quedos, sed aliquid tradidistis...
BO Ora entrai, nos negros fados! Ireis ao lago dos cães e v
. CORREGEDOR E na terra dos danados estão os Evangelistas?
BO Os mestres das burlas vistas lá estão bem fraguados. Es
ADOR Bejo-vo-las mãos, Juiz! Que diz esse arrais? Que diz?
BO Que serês bom remador. Entrai, bacharel doutor, e ireis
s de zombador? Essa gente que aí está pera onde a levais?
BO Pera as penas infernais. PROCURADOR Dix! Nom vou eu pera
u pera lá! Outro navio está cá, muito milhor assombrado.
BO Ora estás bem aviado! Entra, muitieramá! CORREGEDOR Con
rem absolver, e é mui mau de volver depois que o apanhais.
BO Pois porque nom embarcais? PROCURADOR Quia speramus in De
Pois porque nom embarcais? PROCURADOR Quia speramus in Deo.
BO Imbarquemini in barco meo... Pera que esperatis mais? Vã
mos ver este segredo. PROCURADOR Diz um texto do Degredo...
BO Entrai, que cá se dirá! E Tanto que foram dentro no bat
atel dos mal-aventurados, disse o Arrais, tanto que chegou:
BO Venhais embora, enforcado! Que diz lá Garcia Moniz? ENFO
a buiz, e diz que os feitos que eu fiz me fazem canonizado.
BO Entra cá, governarás atá as portas do Inferno. ENFORCA
tas do Inferno. ENFORCADO Nom é essa a nau que eu governo.
BO Mando-te eu que aqui irás. ENFORCADO Oh! nom praza a Bar
o santa gente como Afonso Valente que é agora carcereiro.
BO Dava-te consolação isso, ou algum esforço? ENFORCADO C
ntar... Mas quem há-de estar no ar avorrece-lhe o sermão.
BO Entra, entra no batel, que ao Inferno hás-de ir! ENFORCA
Eu não sei que aqui faço: que é desta glória emproviso?
BO Falou-te no Purgatório? ENFORCADO Disse que era o Limoei
prinados eram horas dos finados e missas de São Gregório.
BO Quero-te desenganar: se o que disse tomaras, certo é que
a mui nobrecida, à barca, à barca da vida! E passando per
nte da proa do batel dos danados assi cantando, com suas esp
adas e escudos, disse o Arrais da perdição desta maneira:
BO Cavaleiros, vós passais e nom perguntais onde is? 1º CA
m: morremos nas Partes d'Além, e não queirais saber mais.
BO Entrai cá! Que cousa é essa? Eu nom posso entender isto
O BARQUINHO (Ronaldo Bóscoli) Dia de luz, festa de
E o barquinho a deslizar No macio azul do mar Tudo é verã
rar Sem intenção, nossa canção Vai saindo desse mar E o
Beija o barco e luz Dias tão azuis Volta do mar, desmaia o
Beija o barco e luz Dias tão azuis Volta do mar, desmaia o
E o barquinho a deslizar E a vontade de cantar Céu tão az
demandais? FIDALGO Que me leixeis embarcar. Sou fidalgo de
ar, é bem que me recolhais. ANJO Não se embarca tirania ne
mui muito m'espanto nom vos livrar o dinheiro!... ONZENEIRO
amente para o barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO O
ao confessor... Porque, se o nom tornais, não vos querem ab
ver, e é mui mau de volver depois que o apanhais. DIABO Poi
mo Afonso Valente que é agora carcereiro. DIABO Dava-te con
ação isso, ou algum esforço? ENFORCADO Com o baraço no p
de Sua santa fé católica morreram em poder dos mouros. Ab
tos a culpa e pena per privilégio que os que assi morrem t